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Antes dos primeiros registros históricos, as pessoas sempre precisaram dos cavalos. Crescemos com eles, fizemos uso de seus instintos selvagens. Grandes reis, generais e exploradores, até mesmo deuses, todos utilizaram cavalos, mas ninguém conquistou seu espírito independente. As pessoas simplesmente canalizavam a energia desses animais, hoje, seus movimentos vigorosos e perfeitos, que nos cativaram. se tornou um instrumento para cura de diversas doenças.
A equoterapia iniciou-se com Hipócrates antes de cristo, seu maior destaque foi com Liz Hartez, vitima de poliomielite, em 1952, que conseguiu ser duas vezes bicampeã mundial de adestramento equestre.
A interação com o animal, os primeiros contatos, os cuidados preliminares, a montaria e o manuseio final, desenvolvem novas formas de sociabilização, confiança em si mesmo e autoestima.
Este método explora todos os benefícios que o equino pode trazer para o ser humano, possibilitando reabilitação, desenvolvimento e potencializações físicas, psicológicas, cognitivas e comportamentais.
Trata-se de um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial das pessoas.
A linguagem corporal do cavalo é bastante clara. Ele é um espelho, onde reflete todos nossos pensamentos, ações e emoções. A equoterapia enfatiza, além do desenvolvimento biopsicossocial, a arte de equitar (“montar a cavalo”), onde proporciona para o praticante, grandes melhoras em seu aspecto emocional como: sentimento de força física, autoconfiança, disciplina, iniciativa, coragem, autocontrole, lealdade, espírito de decisão, perseverança, calma e principalmente o domínio de si mesmo, obtendo assim uma ótima qualidade de vida.
A imagem do cavalo é associada ao orgulho e à coragem, um sentimento ambivalente e irresistível, que resulta numa atração misturada ao medo natural que sentimos deste animal grande e imponente. Superar este medo, e assim a outros, ajuda as pessoas a fortalecer sua autoestima, diminuir o medo e melhorar sua atitude física e moral.
A equoterapia é a ciência que ajuda o ser humano, a encontrar em cima de um cavalo especialmente treinado, o seu equilíbrio corporal e emocional.
Trata-se de uma terapia lúdico desportiva, que emprega o cavalo como agente promotor de ganhos “físicos, psicológicos, cognitivos e comportamentais”, através do contato corporal com o animal, onde são proporcionados para o praticante, movimentos tridimensionais, (que só este possui) no qual é muito semelhante ao movimento da deambulação humana.
O andar do cavalo traduz as informações mais corretas do movimento da marcha humana, pois este corresponde 95% de semelhança ao andar humano produzindo trajetórias similares ao movimento pélvico.
O cavalo, através de seu andar tridimensional, possibilita para o nosso praticante deslocamentos tridimensionais, do seu centro de gravidade, pois produz deslocamentos nos planos horizontal (direito-esquerda e frente/trás) e vertical (para cima e para baixo).
Nestes deslocamentos, o praticante recebe de 1800 a 2200 estímulos cerebrais e ajustes tônicos, sendo que a chave de todo movimento esta na cintura pélvica (quadril), onde os estímulos percorrem a coluna através da medula espinhal chegando ao SNC.
No SNC os neurônios fazem a sinapse entre eles, gerando uma nova célula nervosa, com isso ocorre à produção de novas células nervosas que servirão como “ponte” na realização de determinada atividade motora dificultada por uma lesão em determinada área cerebral.
O movimento rítmico balançante do cavalo, característico por ser ritmado, repetitivo e simétrico, proporciona para o praticante ajustes posturais para o movimento voluntário, pois exige que o praticante tenha equilíbrio para manter-se em cima do cavalo.
Devido ao movimento tridimensional e à mudança constante de equilíbrio, é possibilitada a estimulação do sistema vestibular exigindo a adaptação do seu próprio equilíbrio, fornecendo imagens sequenciais e impulsos importantes para aprender ou reaprender a andar.
Quando o praticante anda a cavalo ele produz 56 passos por minuto, fazendo movimentos de torções de seis graus na coluna do cavaleiro. Sendo que durante as sessões de 30 minutos, o cavalo proporcionará 1680 movimentos ao cavaleiro. Cada movimento do cavalo gera um ajuste tônico no praticante. Em cada segundo faz-se de 1 a 1,25 ajustes tônicos no cavaleiro. Logo, em uma sessão de 30 minutos ocorrerão de 1800 a 2250 ajustes tônicos.
Quando o cavalo se desloca ocorrem vibrações osteoarticulares que mandam mensagens para a medula e esta manda para o cérebro, proporcionando 180 oscilações por minuto o que equivale a 5400 oscilações em uma sessão de 30 minutos. Desta forma obteremos benefícios neuropsícomotores para o nosso praticante como a melhora do seu equilíbrio, postura, controle motor, mobilidade, atividades funcionais, concentração no processamento do pensamento e no raciocínio.
“O cavalo devido seu tamanho, porte e beleza representa para o praticante força, transfere coragem, elegância, velocidade, potência e paixão.”
Os principais objetivos físicos alcançados na equoterapia são: mobilização da pelve, coluna lombar e articulação do quadril; regulação do tônus muscular; desenvolvimento do controle postural de cabeça e tronco; desenvolvimento das reações de equilíbrio; simetria corporal, alongamento e dissociação de cinturas.
No aspecto psicológico a equoterapia proporciona ao praticante, autoconfiança, mostrando uma motivação singular, despertando afeições e sentimentos de grande qualidade como: aumentar a motivação, construir confiança, diminuir o medo, aprender a avaliar a própria capacidade, melhora da concentração, tranquilidade e superação.
A Equoterapia age sobre o psiquismo através da motricidade corporal por estarem todos estes campos interligados em nível do inconsciente. Trabalha, a partir da vivência sensorial e perceptomotora, a organização do esquema e da imagem corporal, colaborando para a consciência do “EU” e do “MUNDO”. Daí forma-se a relação deste corpo e deste indivíduo com o espaço, com o tempo e com as noções fundamentais de grandeza, distância, velocidade, intensidade, direção e relação.
O cavalo funciona como um aparato terapêutico vivo. Seu tamanho, calor, som, favorecem indiscutíveis ganhos afetivos e de autoestima. Porém, temos de dar ênfase a todas as aquisições sensório-percepto-cognitivas, somadas à integração sensóriomotora, com excelentes repercussões na área da educação e do desenvolvimento.
A equoterapia também pode salutar para o praticante um importante instrumento de educação e formação de caráter desenvolvendo durante este período de tratamento ótimas qualidades como independência, disciplina, iniciativa, coragem, espírito de decisão e audácia.
Aperfeiçoar a montaria com o praticante sobre o cavalo pelo estímulo do controle motor global. Nesta fase o praticante aperfeiçoa e aplica feedback/feedforward adquiridos, que o permitem manter-se equilibrado sobre a sela e unir-se coordenada e harmoniosamente aos movimentos do cavalo, desenvolvendo com o animal um conjunto biomecânico melodioso.
As sessões de equoterapia proporcionam enriquecimento motor, que são pré-requisitos para a aprendizagem, memorização, concentração, cooperação, socialização, organização do esquema corporal, aquisição das estruturas têmporo-espaciais, pois constantemente tem um aumento no seu estado de vigília, mantendo o praticante sempre alerta.
Esse movimento que o cavalo transmite ao praticante facilita o sentir e o perceber através do sistema vestibular e proprioceptivo visual e auditivo. No sistema visual o cavalo proporciona mudança do ponto de observação que trás benefícios psíquicos e na visão tridimensional (figura-fundo).
Este método terapêutico também tem o poder de integrar com alegria o animal, o praticante e a família.
A meta terapêutica é chegar ao máximo de função do praticante, com disciplina, carinho e prazer.
Os terapeutas procuram desenvolver em cima do cavalo atividades prazerosas com funcionalidade, atividades lúdicas com matérias com diferentes cores, diferentes texturas, que exige coordenação motora e amplitude de movimento.
Montado a cavalo o praticante ganha esquemas corporais mais próximos da normalidade, sobre tudo, ganha espaços nunca antes imaginados e consegue ter a sensação de liberdade, movimentando-se livremente no espaço trocando as pernas paralisadas, pelas patas sadias do cavalo.
A atividade equestre além de trabalhar todo o corpo do praticante, também traz melhoras acentuadas em todos os sentidos como: vestibular, proprioceptivo, tátil, visual e auditivo, proporcionando, assim uma melhor forma de comunicação corporal.
Cavalgar neste animal dócil, porém avantajado, leva o praticante a experimentar sentimentos de liberdade, independência e capacidade; sentimentos estes importantíssimos para a aquisição da autoconfiança, realização e autoestima.
A prática da equoterapia ou prática equestre favorece ainda uma sadia sociabilidade, que integra o praticante, o cavalo e os profissionais envolvidos. Por ser um trabalho vasto em possibilidades e extremamente dinâmico, que inclui desde o contato e o vínculo afetivo com o animal, até o ato de montá-lo, a equoterapia é destinada não apenas às pessoas especiais, mas também no apoio a dificuldades escolares, casos de dependência física, Stress, terceira idade, bem como a todos que procuram novas oportunidades de crescimento, melhoria na qualidade de vida e ainda um melhor equilíbrio tanto físico como mental.
Este método terapêutico não é só montar a cavalo, a alimentação a higienização também desenvolvem importantes exercícios de coordenação, responsabilidade, prazer e gratidão.
O cavalo é a mais bela criatura depois do homem, o melhor mistério é cria-lo, a melhor das ocupações, trata-lo, e o maior prazer, monta-lo.